CÂNCER INFANTIL VOLUME II

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência.



Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência.

1.       Leucemia Linfocítica (ou linfóide) Aguda: LLA é o câncer mais comum na infância e representa 30% do total de casos.
2.       Tumor de Wilms: pode afetar um rim ou ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos 2 a 3 anos de idade. Representa de 5% a 10% dos tumores infantis.
3.       Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (isto é, fora do cérebro) mais comum nas crianças, geralmente diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas suprarrenais e mediastino.
4.       Retinoblastoma: é um câncer que tem origem nas células que formam parte da retina, cujo sinal mais comum é o brilho ocular chamado de "reflexo do olho de gato". Existem duas formas da doença, a hereditária e a esporádica. Costuma aparecer em crianças entre dois e três anos de idade.
5.       Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes mole mais comum em crianças. O tumor tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem à musculatura estriada esquelética ou voluntária, ou seja, músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos.
6.       Tumores do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal): são os tumores malignos sólidos mais comuns em crianças, ficando atrás apenas das leucemias e linfomas. Adultos tendem a ter câncer em diferentes partes do cérebro, geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da medula espinhal são menos comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas crianças.
7.       Tumores Ósseos Primários: são raros. O mais comum é que o câncer dos ossos seja resultado de outro tumor que se espalhou e atingiu o osso. A despeito de raros, é o sexto em incidência em crianças, sendo mais freqüentes na adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing.
8.       Linfoma de Hodgkin: anteriormente chamado de doença de Hodgkin, é um câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo). O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos, jovens adultos (dos 15 aos 40 anos, geralmente dos 25 aos 30 anos) e pessoas acima dos 55 anos. É raro antes dos cinco anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos.
9.       Linfomas não Hodgkin: também têm origem no sistema linfático e são mais comuns que os linfomas de Hodgkin nas crianças, sendo o terceiro câncer mais comum entre crianças.
Completam a lista dos cânceres mais comuns em crianças os ósseos, os sarcomas de partes moles (sendo o rabdomiossarcoma o mais frequente), de olho, os de células germinativas e os das glândulas suprarrenais ou adrenais.

O estágio de crescimento e desenvolvimento dos tumores é outra diferença importante entre adultos e crianças, pois a imaturidade do organismo das crianças tem importantes consequências para o tratamento.

No início dos anos de 1970, baseando em dados do Hospital A.C.Camargo, apenas 20% das crianças com retinoblastoma (um câncer da retina do olho) podiam ser consideradas curadas, um índice que hoje está em 92%.

Nas leucemias linfocíticas agudas essa taxa era de 20%, mas atualmente chega a 86%.

O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
O câncer infantil é considerado raro, atinge uma a cada 600 crianças e adolescentes, segundo algum autor varia até os 15, ou 19 anos.

Nas crianças, as células cancerosas têm origem de células embrionárias primitivas, que muitas vezes crescem e se multiplicam mais depressa que nos adultos.

Nos últimos 30 anos, o tratamento do câncer infantil deu um salto impressionante e, em média, nos centros especializados, entre 70% e 80% delas ficam curadas, ou seja, vivem mais de 5 anos (e muitas vezes bem mais que isso) após o diagnóstico.

Comparativamente nos EUA, onde as crianças têm melhores atendimentos e usufruem de melhores condições de saúde, em relação às brasileiras, o câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos, em média 1.600 mortes por ano. 
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões.

Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo.

Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
DADOS ESTATÍSTICOS
Estimativa de novos casos: 11.530 (2012)
Número de mortes: 2.740, sendo 1.567 meninos e 1.173 meninas (2010).

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