Os tipos de
câncer mais comuns na infância e adolescência.
1.
Leucemia Linfocítica (ou linfóide)
Aguda: LLA é o câncer mais comum na infância e representa 30% do total de
casos.
2.
Tumor de Wilms: pode afetar um rim ou
ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos 2 a 3 anos de idade.
Representa de 5% a 10% dos tumores infantis.
3.
Neuroblastoma: é o tumor sólido
extracraniano (isto é, fora do cérebro) mais comum nas crianças, geralmente
diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida. Ele pode aparecer em
qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas suprarrenais e mediastino.
4.
Retinoblastoma: é um câncer que tem
origem nas células que formam parte da retina, cujo sinal mais comum é o brilho
ocular chamado de "reflexo do olho de gato". Existem duas formas da
doença, a hereditária e a esporádica. Costuma aparecer em crianças entre dois e
três anos de idade.
5.
Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes
mole mais comum em crianças. O tumor tem origem nas mesmas células embrionárias
que dão origem à musculatura estriada esquelética ou voluntária, ou seja,
músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos.
6.
Tumores do Sistema Nervoso Central
(encéfalo e medula espinhal): são os tumores malignos sólidos mais comuns em crianças,
ficando atrás apenas das leucemias e linfomas. Adultos tendem a ter câncer em
diferentes partes do cérebro, geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da
medula espinhal são menos comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas
crianças.
7.
Tumores Ósseos Primários: são raros. O
mais comum é que o câncer dos ossos seja resultado de outro tumor que se
espalhou e atingiu o osso. A despeito de raros, é o sexto em incidência em
crianças, sendo mais freqüentes na adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma
e o Sarcoma de Ewing.
8.
Linfoma de Hodgkin: anteriormente
chamado de doença de Hodgkin, é um câncer do sistema linfático (que inclui
gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo). O linfoma de
Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos,
jovens adultos (dos 15 aos 40 anos, geralmente dos 25 aos 30 anos) e pessoas
acima dos 55 anos. É raro antes dos cinco anos de idade, mas entre 10% e 15%
dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos.
9.
Linfomas não Hodgkin: também têm
origem no sistema linfático e são mais comuns que os linfomas de Hodgkin nas
crianças, sendo o terceiro câncer mais comum entre crianças.
Completam a lista dos cânceres mais comuns em crianças os ósseos, os
sarcomas de partes moles (sendo o rabdomiossarcoma o mais frequente), de olho,
os de células germinativas e os das glândulas suprarrenais ou adrenais.
O estágio de crescimento e desenvolvimento dos tumores é outra diferença
importante entre adultos e crianças, pois a imaturidade do organismo das
crianças tem importantes consequências para o tratamento.
No início dos anos de 1970, baseando em dados do Hospital A.C.Camargo,
apenas 20% das crianças com retinoblastoma (um câncer da retina do olho) podiam
ser consideradas curadas, um índice que hoje está em 92%.
Nas leucemias linfocíticas agudas essa taxa era de 20%, mas atualmente
chega a 86%.
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em
comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em
qualquer local do organismo.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as
leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e
linfomas (sistema linfático).
O câncer infantil é considerado raro, atinge uma a cada 600 crianças e
adolescentes, segundo algum autor varia até os 15, ou 19 anos.
Nas crianças, as células cancerosas têm origem de células embrionárias
primitivas, que muitas vezes crescem e se multiplicam mais depressa que nos adultos.
Nos últimos 30 anos, o tratamento do câncer infantil deu um salto
impressionante e, em média, nos centros especializados, entre 70% e 80% delas
ficam curadas, ou seja, vivem mais de 5 anos (e muitas vezes bem mais que isso)
após o diagnóstico.
Comparativamente nos EUA, onde as crianças têm melhores atendimentos e
usufruem de melhores condições de saúde, em relação às brasileiras, o câncer é
a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes com menos de
15 anos, em média 1.600 mortes por ano.
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de
células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de
Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho),
tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos
testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a
primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19
anos, para todas as regiões.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na
infância e na adolescência foi extremamente significativo.
Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer
podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros
especializados.
A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
DADOS
ESTATÍSTICOS
Estimativa de novos casos: 11.530 (2012)
Número de
mortes: 2.740, sendo 1.567 meninos e 1.173 meninas (2010).
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